Eduardo Bolsonaro Embaixador?

    Crédito imagem: Empresa Brasil de Comunicação_Fabio Charles Pozzebom
Por Octávio Carvalho

Uma das notícias mais comentadas do último final de semana é declaração do presidente Bolsonaro de que pretende nomear seu filho Eduardo como embaixador brasileiro em Washington (EUA).
Ao que tudo indica, já é um antigo plano, que aguardava apenas o aniversario de 35 do deputado federal por São Paulo.
A imprensa, o meio diplomático e formadores de opinião/influenciadores digitais foram unânimes em condenar tanto o nepotismo (de fato, ainda que possa haver alguma interpretação de que possa ser legal) quanto o despreparo de Eduardo (viralizou a declaração de que já havia feito intercâmbio e fritado hambúrgueres nos EUA).
Nem vale a pena argumentar muito sobre o tema, pois não há precedentes nem no Brasil nem nas principais democracias do mundo. É indiscutivelmente equivocado, ainda mais para quem se elegeu com o discurso de acabar com a "mamata" e promover a "meritocracia".
O presidente não aparenta se preocupar com a opinião pública em geral. Ele fala e governa apenas para os seus seguidores mais fanáticos, que sempre buscam um argumento mirabolante para justificar os tropeços do mito.
Bolsonaro parece não perceber que seu prestígio tem derretido gradativamente desde a posse e que os moderados que aderiram à sua campanha para evitar uma vitória do PT não lhe devem fidelidade.
O último presidente que deixou a popularidade subir à cabeça foi a Dilma, naquele momento da faxina do ministério e da intransigência na relação com o Congresso Nacional. Daí vieram os fiascos das concessões das estradas federais, da queda artificial da taxa de juros, das renúncias fiscais, do intervencionismo no mercado de energia elétrica e das famosas pedaladas.
Infelizmente o chefe do poder executivo não é afeito a estudar História.

Octavio Carvalho - Jornalista

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